O
farmacêutico Anselmo Gomes de Oliveira, doutor docente da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara,
vem desenvolvendo uma pesquisa que tem como fim manter o princípio ativo de um
medicamento em determinado órgão por mais tempo e de forma controlada. O estudo
clínico é realizado pelos médicos oftalmologistas José Augusto Cardillo,
Fernando Paganelli e Mirian Skaf, do Hospital de Olhos de Araraquara.
Pelo
processo convencional, os medicamentos só atingem cerca de 1% de sua eficácia,
pois as membranas protetoras das células agem como uma barreira, e impedem a
passagem de cerca de 99% do medicamentos. O lacrimejar dos olhos também impede
a administração de colírios, dificultando o tratamento de infecções,
principalmente na parte posterior dos olhos. Já a administração dos
medicamentos via oral ou injetável é inconveniente pelo fato de ser necessária
uma grande quantidade do mesmo para um aproveitamento muito baixo, e o
princípio ativo é rapidamente metabolizado pelo organismo.
A
nanotecnologia faz com que um fármaco estruturado em um sistema nano
estruturado consiga atingir doenças, como inflamações e infecções que jamais
seriam atingidas pelos medicamentos convencionais. Assim, esses medicamentos
conseguem maior aproveitamento devido ao fato de sua aplicação ser feita
diretamente no local desejado, de modo que isso ocasiona uma duração mais
prolongada dos efeitos do medicamento.
O processo de liberação produzido
pelo grupo da UNESP/Hospital de Olhos é cinco vezes maior que o já alcançado
pelas grandes indústrias do Planeta. E mais: as micropartículas que
desenvolveram para abrigar o anti-inflamatório Triancinolona
são cinco vezes menores que as já existentes e possuem tamanho homogêneo.
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